Mafalda Sacchetti

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Filha de um acorde de Paulo de Carvalho e neta de um poema de Rosa Lobato de Faria. Mafalda Sacchetti nasceu do e para o palco. Este é o sítio onde se sente mais em casa, no seu estado mais puro e, ao mesmo tempo, mais exposta porque não deixa de ser “uma janela para o Mundo”.
Aqui nasce uma dicotomia interior. Se por um lado não sabe viver sem casa, por outro, torna-se doloroso lá morar.

Uma verdadeira cigarra canta, mas pára de cantar quando alguém a escuta…é um verdadeiro bicho do mato. E foi neste paradoxo, enquanto não conseguia sentir dentro de si o seu lugar, que resolveu dedicar-se a mil outras coisas nos bastidores do seu palco. Descobriu a produção de teatro e televisão, foi promotora de espectáculos, agente de actores, fez locução, dobragens, rádio, assistência de encenação, tentou representar em musicais infantis, abraçar causas solidárias…tudo isto a fugir de si própria e em busca de uma qualquer outra razão de ser que não a música. De uma frontalidade quase desconcertante e, por vezes até, inconveniente, afirma que: “luto contra uma incontinência verbal crónica”.

Estudou no conservatório nacional de música de Lisboa, no LIPA (Liverpool Institute of Perfoming Arts). Actualmente, usa a sua formação como forma de ensino para uma população sénior – de canto, expressão dramática, clube de leitura e escrita criativa – e depois de um processo profundo de catarse, chegou à conclusão que, qual alquimista, deu a volta ao mundo para descobrir o seu maior tesouro enterrado no seu quintal.
Por muito que tenha medo de voltar a casa, cantar é a sua essência e, para ser verdadeiramente feliz, não pode fugir a ela. Acredita que a música, na sua linguagem universal, é a forma mais simples de comunicar e tão fundamental como respirar